PROFESSOR 2012. ESPECÍFICO LÍNGUA PORTUGUESA. QUESTÕES DE 8 A 25.
8. Marque o item em que é obrigatório o uso do objeto direto preposicionado:
a) Muito estimamos a V. Exa.
Verbo transitivo direto e pronominal.
Ter estima, ter apreço, afeição, amizade; gostar de; apreciar:
Estimo meu filho;
Não sabe se estimar.
Verbo Transitivo direto e bitransitivo.
Determinar o valor de uma coisa, avaliar, calcular (o preço, a quantidade): estima-se em 155 milhões a população do Brasil.
b) Ofenderam a todos com aquelas palavras.
vtd
2 Causar mágoa ou ofensa em; injuriar, melindrar, rachar, ultrajar, vulnerar: A ferina indireta ofendeu-o.
vpr
3 Ficar ofendido ou considerar-se insultado: Ofendeu-se com a recusa.
vtd
4 Não observar ou acatar regras, convenções, preceitos etc.; desacatar, transgredir, violar: Suas atitudes ofendem a moralidade e as tradições.
c) Admiramos a Alencar.
Verbo transitivo direto. Considerar com espanto misturado de prazer; apreciar: admirar a beleza de um filme.
• Os visitantes admiravam as obras de arte.
•
Verbo Intransitivo.
• Considerando seu egoísmo habitual, essa atitude de generosidade admira muito.
• Não admira que isso aconteça até hoje.
Transitivo Indireto Causar admiração, ser admirável, digno de memória: admira tal gesto de desprendimento; admiro sua determinação.
• É importante observar que, quando o verbo "Admirar" for pronominal, se houver complemento, este deverá ser precedido de preposição:
• Dona Chica admirou-se do berro que o gato deu.
• O professor admirou-se do desinteresse dos alunos.
• Sempre me admirei dos seus quadros.
Verbo pronominal. Ficar admirado, espantado, encantado:
Admirava-se com sua capacidade de superação.
O turista admirou-se quando viu a grandiosidade das pirâmides.
•
• É importante observar que, quando o verbo "Admirar" for pronominal, se houver complemento, este deverá ser precedido de preposição:
• Dona Chica admirou-se do berro que o gato deu.
• O professor admirou-se do desinteresse dos alunos.
• Sempre me admirei dos seus quadros.
d) “Júlio César conquistou o mundo com fortaleza; vós a mim com gentileza.” (Camões)
Observe alguns exemplos de objetos diretos preposicionados:
O aluno a quem examinarei não chegou.
Os bombeiros defenderam a todos.
Vou louvar aos Deuses.
Amo a todos aqui.
A político desonesto ninguém fale.
9. Veja a classificação dada aos pronomes. Aponte o correto.
a) “Fabiano roncava de papo para cima, as abas do chapéu cobrindo-lhe os olhos.” (Graciliano Ramos) = objeto indireto.
Sujeito – O lhe retoma o sujeito Fabiano
b) “Duas outras vezes, pareceu-me que a via dormir...” (Machado de Assis) = (sujeito).
c) “E tornaram ambas à sala, uma presa pela orelha, debatendo-se, chorando ...” (Machado de Assis) = pronome apassivador.
NESSE CASO O SE É PARTE INTEGRANTE DO VERBO.
Debater
Verbo transitivo direto. O complemento é objeto direto (OD), sem preposição.
Porém a tendência é usarmos incorretamente o objeto direto precedido da preposição “sobre” ou da expressão “a respeito de”:
Os candidatos debateram sobre temas importantes dos seus programas (ou a respeito de). Incorreto!
Os candidatos debateram temas importantes dos seus programas. Correto! (Debateram o quê? OD).
Debate-se (discute-se) algo, não “sobre” ou “a respeito de” algo:
Os coordenadores discutiram com os professores os índices altos de reprovação de alunos (não discutiram sobre nem a respeito de).
d) A vida tornara-se alegre. = índice de indeterminação do sujeito
PARTE INTEGRANTE DO VERBO.
' Tornar-se, um verbo pronominal, ocorre frequentemente
sem preposição:
«Está entre os cinco melhores jogadores do mundo, podendo tornar-se o futebolista do ano.»
ou com a preposição em:
«O ferimento tornou-se em tumor maligno.»
«Tornou-se numa pessoa mais clemente com o desgosto.»
10. Apresenta oração coordenada sindética adversativa o item:
a) “A justiça que corrige ou castiga, deve ser inspirada pela Bondade, [...] (Malba Tahan)
ALTERNATIVA.
b) “A Igreja diz-nos que supõe que sou homem; logo, não sou pó.” (Vieira)
CONCLUSIVA.
c) “Fazia tudo para ser agradável, pois não deixava uma pergunta sem resposta.” (Bechara)
EXPLIVATIVA.
d) “De outras ovelhas cuidarei, que não de vós...” (Garrett)
11. Aponte o item que apresenta a sequência: ditongo decrescente – ditongo crescente - tritongo
a) pai, Márcio, Guiana
b) cai, Boêmia, saguões
c) saía, Mundaú, Uruguai
d) vai, Pajeú, queijo
12. Conforme o último Acordo Ortográfico, a palavra cuja grafia está incorreta é:
COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
a) anti-Brasil - antiBrasil
b) auto-observação
c) sobre-humano
d) viassacra – Via Sacra
13. A alternativa em que o vocábulo está acentuado em razão da mesma regra ortográfica que determina a acentuação do vocábulo transpô-lo é:
a) pôr.
b) encontrá-lo.
c) veríamos.
d) excluí-lo.
14. Dadas as orações.
I. “A certeza do hoje nasce da lembrança do ontem.” (Olavo Bilac)
II. “Você que é íntimo dele, não nos podia dizer o que há...” (Machado de Assis)
III. “A vida dele era necessária a ambas.” (Machado de Assis)
IV. “Tomei consciência de que era um poeta menor...” (Manuel Bandeira)
São exemplos de complemento nominal as orações:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) II e III.
d) I, II, III e IV.
Texto 3
A grande borboleta
Leve numa asa a lua
E o sol na outra
E entre as duas a seta
Caetano Veloso
15. Leia o texto 3 e assinale o termo que não exerce a função de sujeito:
a) borboleta. VOCATIVO
b) lua.
c) sol.
d) seta.
Texto 4
O leme partiu-se!
Marinheiros tristes
contam, pensativos,
os mortos antigos
e os inúteis vivos.
Cecília Meireles
16. Baseado no texto 4, está classificado corretamente o item:
a) tristes – adjunto adverbial de modo. ADJUNTO ADNOMINAL
b) pensativos – complemento nominal. PREDICATIVO DO SUJEITO
c) antigos – aposto.
d) marinheiros tristes – sujeito simples.
Texto 5
Conta a lenda (1) que dormia
Uma Princesa encantada
A quem Um (2) só despertaria
Um infante (3), que (4) viria
De além do muro da estrada.
Fernando Pessoa
17. No texto 5, o termo destacado que não exerce a função de sujeito corresponde ao número:
a) 4
b) 3
c) 2
d) 1
18. Houve falha no uso da pontuação no item:
a) Do alto do morro, avistamos, jangadas, lanchas, pranchas.
b) As palavras, leve-as ao vento.
c) Atenta e carinhosa, ela cuidava bem dos pais.
d) Machado de Assis, autor de Dom Casmurro, tem um estilo sóbrio e elegante.
19. Assinale o item em que o pronome LHE não foi corretamente empregado.
a) Quero-lhe com ardor. A ele quero com ardor
b) Deixou-lhe sair. Deixou ele sair.
c) A vida lhe era agradável. A vida era agradável a ele
d) Cortaram-lhe as unhas. Cortaram as unhas dele
20. A oração subordinada está corretamente classificada no item:
a) “Sai de baixo, que eu sou professor
b) “Quanto a Tenório, prepararia as máscaras, .” (Chico Buarque) – oração coordenada sindética explicativa alfaiate que era
c) “ .” (Chico Anísio) – oração subordinada adverbial concessiva Por mais que eu me esforçasse
d) “Torva no aspecto, à luz da barricada, / / eu não conseguiria.” (Oswaldo Montenegro) – oração subordinada adverbial comparativa como bacante após lúbrica ceia!” (Antero de Quental) – oração subordinada adverbial causal
21. O uso da crase está correto em:
a) Chegou à Paris dos seus sonhos.
Primeiro, é bom lembrar que o caso mais comum de crase é a fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "a". Quando ocorre essa fusão (=crase), devemos pôr o acento grave (`) indicativo da crase sobre a vogal "a" (= à). No caso do verbo chegar, não há dúvida quanto à presença da preposição "a", pois quem chega sempre chega "a" algum lugar. A dúvida é o segundo "a": se existe ou não o artigo "a". Aqui a dificuldade é saber se o nome do lugar (=país, estado, cidade, vilarejo, bairro...) é usado com ou sem artigo. Por exemplo: nós falamos "São Paulo" (=sem artigo), "O Rio de Janeiro" (=com artigo masculino "o") e "A Bahia" (=com artigo feminino "a"). Isso significa que "nós chegamos a São Paulo" (=não há crase, porque não existe artigo), "nós chegamos ao Rio de Janeiro" (ao = preposição "a" + artigo masculino "o") e "nós chegamos à Bahia" (=com acento indicativo da crase, porque existe o artigo feminino "a" antes da Bahia). No caso de Brasília, não ocorre a crase porque não há artigo definido feminino "a" antes de Brasília.
Em caso de dúvida, se há ou não o artigo "a", podemos usar o seguinte "macete": 1. Se você "volta da" (=preposição "de" + artigo "a"), é porque existe o artigo. Isso significa que você "vai à"; 2. Se você "volta de" (= só preposição "de"), é porque não existe artigo antes do nome do lugar. Isso significa "crase impossível", ou seja, "vai a". Vamos testar: 1. Você volta da Bahia, então "vai à Bahia"; 2. Você volta de Brasília, então "vai a Brasília".
O "macete" é tão bom que ele é capaz de evitar que você caia em "armadilhas" de concursos. Por exemplo: "Você vai a Porto Alegre" (=sem crase), porque "você volta de Porto Alegre"; mas "você terá de ir à bela Porto Alegre" (=com crase), porque "você volta da bela Porto Alegre". "Você vai a Paris", porque "você volta de Paris"; mas "vai à Paris dos seus sonhos", porque "volta da Paris dos seus sonhos".
b) No pátio do museu, viu à rainha Ana.
c) Ficou à distância.
Os gramáticos clássicos afirmam que nem sempre (como neste caso do ensino) a palavra “distância” vem acompanhada do artigo “a”, e o “a” que aparece é apenas a preposição. Sendo assim, não ocorreria a crase, que é a junção dessas duas letras marcada pelo acento grave (`). Para eles, a regra é utilizar a crase na expressão apenas quando a distância é evidenciada, como nos exemplos:...
O shopping ficava à distância de 500 metros do escritório.
Este apartamento é mais valorizado por se encontrar à distância de apenas 100 metros da estação de metrô.
d) Fez uma oração à Santa Clara.
A crase não deve ser empregada junto a nomes próprios.
Os nomes próprios indicam um nome específico, em geral destinado a um ser em particular em oposição a um ser genérico – nome comum (ex: cidade: ser genérico = nome comum; Campo Grande: ser específico = nome próprio).
Os nomes próprios são empregados para designar, entre outros, pessoas (ex.: Maria), lugares (ex.: Brasil), instituições (Senado) e até nomes de santos (ex.: São José).
22. Quanto à concordância nominal, aponte o item correto.
a) Seis quilos de linguiça é bastante.
As expressões de quantidade, medida, peso, valor, tempo — como é muito, é pouco, é suficiente, é caro, é barato, é bastante — são invariáveis. Não ligam para o sujeito. Com elas, só o singular tem vez.
Veja exemplos: Dois mil reais é muito. Vinte quilos é suficiente. Dois minutos é muito para quem está com dor de dente. Vinte reais é menos do que o produto vale.
b) Crise econômica-financeira. ECONôMICO-FINACEIRA.
c) Ela são as alegrias da família. A ALEGRIA
d) Quem era eles? ERAM
23. Aponte o item em que o termo destacado não exerce a função de predicativo do sujeito.
a) “A mulher do fim do mundo / Chama a luz com um assobio.” (Murilo Mendes).
b) “Sei que a vida vale a pena / embora o pão seja caro” (Ferreira Gullar),
c) “Uma coisa é ” (Ferreira Gullar) patente: não fazem mais espelhos como antigamente.” (Millôr Fernandes)”.
d) “Perdi o bonde e a esperança. / Volto pálido para casa.” (Carlos Drummond de Andrade)
24. A oração destacada que não se classifica como oração subordinada adverbial é a do item:
a) “Quando eu chego em casa nada me consola
b) “Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva, / / você está sempre aflita...” (Caetano Veloso) acumulando de prazeres teu leito de viúva (Chico Buarque / Ruy Guerra)
c) “Mas eu prefiro abrir as janelas / ... Pra que entrem todos os insetos
FINAL
d) “ ...” (Caetano Veloso) Quando olhaste bem nos olhos meus / E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei...” (Chico Buarque / Francis Hime)
25. Aponte o item em que a palavra grifada está corretamente classificada:
a) “Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.” (Carlos Drummond de Andrade) – adjunto adverbial de tempo.
b) “Deixe-me viver como um urso, a vida é uma ordem”. (Machado de Assis) – sujeito
c)“É preciso amar as pessoas / como se não houvesse amanhã” (Renato Russo) – conjunção subordinativa comparativa.
d) “Estrangeiro, vós me estendeis seus braços / como velhos amigos” (Jorge de Lima) – conjunção subordinativa causal
Comentários
Postar um comentário