MODALIZADORES

A modalização é um conceito advindo da ciência linguística para definir os mecanismos discursivos que apresentam a função de manifestar o posicionamento do enunciador em relação àquilo que é dito. Por não ser uma categoria estrutural da gramática, é bastante complexo realizar uma classificação das modalidades na língua, cabendo seu entendimento à própria área da compreensão textual e mesmo da análise do discurso. Asseverativos Aqueles que conferem certeza a um discurso, podendo ser afirmativos (evidentemente, certamente, claro, sem dúvida, lógico; ou negativos como a polarização de termos pelo uso do “não” ou expressões como “de jeito nenhum”, “de forma alguma”, entre outros. Dubtáveis Aqueles que colocam um discurso em dúvida, estabelecem que um enunciado está sujeito à desconfiança, à incerteza ou à imprecisão. Exemplos: talvez, possivelmente, é provável etc. Delimitadores Aqueles que estabelecem uma restrição ou um limite ao entendimento do alcance de conceitos ou do discurso. Exemplos: quase, tipo de, espécie de, linguisticamente, matematicamente, geograficamente etc. Deontológicos Aqueles que indicam obrigatoriedades, proibições e permissões. Exemplos: necessariamente, obrigatoriamente, não deve fazer, deve apresentar etc. Afetivos Apresentam as emoções do enunciador diante do conteúdo do discurso, bem como posicionamentos de princípio ou predileções. Esses modalizadores podem ser subjetivos, quando marcam a reação do enunciador diante do que é exposto (infelizmente, curiosamente, espantosamente etc.) ou intersubjetivos, quando incluem na sensação emotiva a relação com o coenunciador, seja pela aceitação, pela colaboração ou pela rejeição (sinceramente, francamente, lamentavelmente etc.)

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